O LHC é o maior acelerador de partículas do mundo e contém um conjunto de experiências que visam obter respostas sobre a origem do universo. Uma das experiências, a LHCb, descobriu uma pequena variação entre o resultado obtido e o que era esperado segundo uma teoria da física de partículas conhecida por Modelo Padrão. Os investigadores concluem que, mesmo após três anos, a variação mantém-se, o que pode abrir caminho a uma revisão dos princípios e teorias da física..
Algumas das experiências em curso procuram observar como é que algumas partículas se decompõem em outras, num processo conhecido por decaimento, que resulta da aceleração de partículas à velocidade da luz, que depois são forçadas a chocar entre elas – a fim de gerar partículas que não eram conhecidas até à data. Em alguns aspetos desta decomposição, os físicos concluíram que há diferenças entre o que foi medido e o que esperavam conseguir obter.
As diferenças ainda não passaram no teste de cinco sigmas, o padrão que foi acordado pela comunidade científica para definir o que é que consiste verdadeiramente uma descoberta quando se avalia uma experiência contra a teoria.
Os cientistas provocam milhões de colisões de partículas por segundo dentro do LHC e, algumas destas experiências são executadas várias vezes para construir estatísticas que indiquem se a observação está em concordância com o que foi teorizado ou não, explica o Gizmodo.
Uma destas análises conclui que uma discrepância se mantém persistente, mesmo com mais dados. Apesar de os investigadores não considerarem estar mais próximos de anunciar uma descoberta relevante, a verdade é que no passado obter mais dados revelou que as discrepâncias desapareciam.
Ainda não há indícios sobre o que pode estar a causar as discrepâncias, com a possibilidade de serem partículas ainda desconhecidas a estar em cima da mesa. No entanto, há ainda a hipótese de que as interações entre quarks estejam a mostrar os seus próprios efeitos.