O Grupo de investigadores utilizou um grande telescópio binocular montado no estado norte-americano do Arizona para monitorizar a a entidade com maior atividade vulcânica no nosso sistema solar a milhões de quilómetros de distancia, revela um estudo publicado pela revista cientifica Nature.
O Loki Patera localiza-se em Io, uma das várias luas de Júpiter, tem cerca de 200 quilómetros de diâmetro e cobre quase 21500 quilómetros quadrados.
O interior desta lua permanece constantemente aquecido graças à atração gravitacional tanto de planeta como das outras luas, o que mantém as suas entranhas sempre em estado fluido e garante que grande parte da sua crosta seja composto lava, explica a Popsci.
Em estudos anteriores tinham sido registadas grandes e inexplicáveis flutuações na temperatura emitida pelo lago a cada 500 dias, mas agora graças as informações recolhidas nas recentes observações os investigadores conseguem ter uma melhor compreensão do porquê.
Aparentemente a culpa é de outra lua de Júpiter, a Europa. Que temporariamente passa entre a Terra e Io, bloqueando assim gradualmente a luz infra vermelha emitida por Io num evento chamado em astronomia de ocultação (semelhante a um eclipse).
Devido ao grande tamanho do lago, os observadores por trás do telescópio, conseguiram isolar e medir a temperatura nas extremidades da superfície de Io à medida que a Europa ia passando.
A explicação retirada foi que periodicamente a lava no topo acaba por arrefecer o suficiente para formar uma crosta sólida. Posteriormente esta acaba por se afundar, voltando assim a expor a lava quente.