O Electrick usa uma técnica conhecida por tomografia de campo elétrico para detetar a posição de um dedo numa determinada superfície, coberta com uma tinta especial. A tinta permite transformar superfícies como madeira, gelatinas ou plasticinas em táteis. O “truque” consiste em aplicar um revestimento ou material que conduz eletricidade e ligar uma série de elétrodos a estes materiais. Os elétrodos conseguem depois detetar a posição exata em que o dedo tocou na superfície e transformam essa informação num sinal que pode ser usado para desencadear outras reações.
O professor Chris Harrison diz que é a primeira vez que alguém foi capaz de pegar numa lata de tinta e colocar um ecrã tátil em qualquer lado. Esta solução assegura a localização exata do toque do dedo com uma precisão de até um centímetro. Yang Zhang, um dos estudantes envolvidos na investigação, explica ao Phys.org que a tinta pode ser usada por entusiastas em casa e por fabricantes.
Em laboratório, os cientistas aplicaram com sucesso o Electrick em paredes pintadas com 1,2×2,4 metros, num volante, numa guitarra, em gelatina e em plasticinas. Outra aplicação interessante foi a criação de uma capa de smartphone que permitir lançar a câmara, por exemplo, com base na forma como o utilizador a pegava.
Ainda não há qualquer perspetiva de uma utilização comercial desta descoberta.