Uma equipa internacional de investigadores desenvolveu um sistema que é capaz de diagnosticar doenças unicamente através da análise dos químicos presentes no hálito. O sensor é maioritariamente composto por nanotubos de carbono e pedaços de ouro de uma nanoescala, revela o American Chemical Society.
Os cientistas começaram por recorrer a espectrometria de massa – uma ferramenta que classifica os químicos a partir da forma como circulam num determinado meio, como explica o Gizmodo – para chegar aos 13 químicos que constituem uma espécie de “assinatura” para o hálito. Depois, na fase de testes, colocaram 1404 cobaias a expirar para sacos adequados e enviaram esses itens para uma câmara a vácuo equipada com o sensor desenvolvido.
Isso permitiu-lhes comparar as análises de espectrometria de massa com as assinaturas químicas de 17 doenças (diferentes tipos de cancro ou Parkinson, por exemplo), tendo obtido uma taxa de sucesso de 86% na identificação. Refira-se que o sistema não identifica químicos individualmente; em vez disso, recorre a um programa para identificar as combinações únicas dos compostos voláteis no hálito do paciente.
A expectativa dos investigadores é fazer estudos com mais pessoas para validar os resultados na esperança de, no futuro, conseguirem criar uma ferramenta de diagnóstico.