A mobilidade empresarial é hoje muito mais do que garantir um acesso à rede e aos dados de negócio a partir de qualquer localização, dentro e fora do perímetro da organização. As empresas têm maior necessidade de débitos crescentes, maior densidade de dispositivos móveis, segurança acrescida na operação, e tempos de resposta cada vez mais imediatos.
Mesmo antes da pandemia, e segundo dados recolhidos pela consultora IDC em 2018, mais de metade das empresas portuguesas já utilizavam as tecnologias da chamada terceira plataforma: Cloud, Mobilidade, Big Data e Social Business, e a transformação digital já estava a ganhar algum fôlego. Agora, a mesma fonte indica que a digitalização das empresas acelerou em poucos meses o equivalente a uma década, indiciando uma procura crescente por estas ferramentas digitais. “A digitalização é um enabler da mobilidade que pode dar contributos importantes para desígnios essenciais às organizações”, afirma Ricardo Leitão, Diretor de Gestão de Segmento B2B da Altice Empresas.
A produtividade é disso exemplo, uma vez que beneficia do acesso a informação crítica e atualizada em tempo real em qualquer lugar, promovendo modelos de colaboração. O mesmo acontece com a inovação que permite, entre outras coisas, reformular o modelo de relação com o cliente.
Para a Altice Empresas, a Mobilidade Empresarial é um dos benefícios da transformação digital, cuja jornada está a ser feita em conjunto com os clientes. “E a mobilidade empresarial é entendida pela Altice Empresas em toda a sua extensão”, explica Ricardo Leitão. Ou seja, mobilidade de colaboradores, mas também, e cada vez mais, mobilidade de ativos das organizações – veículos, equipamentos, dispositivos, etc.
Através do seu portfolio de mobilidade e das capacidades de implementar projetos pioneiros, fazendo recurso das tecnologias de vanguarda nas áreas de colaboração, IoT, 5G e cloud, o posicionamento da Altice Empresas permite abrir os horizontes das organizações, evitando que a geografia seja uma condicionante às funcionalidades do posto de trabalho. “Onde quer que esteja, o colaborador tem uma experiência seamless das funcionalidades que utiliza no seu dia a dia, incluindo o acesso smart a todos os ativos em mobilidade da organização”, refere Ricardo Leitão.
Em 2022, o mercado de soluções de mobilidade deverá valer, em Portugal, cerca de 3,6 mil milhões de euros. Segundo a IDC, os serviços de telecomunicações continuarão a representar a maior fatia no volume de gastos das empresas, prevendo-se que atinjam os 2,4 mil milhões de euros no próximo ano. Com a chegada do 5G, a oferta e a procura por serviços de mobilidade empresarial deverão crescer ainda mais, uma vez que a nova tecnologia abrirá novas portas à transformação e reinvenção das empresas, tendo por base uma estratégia de mobilidade mais relevante e abrangente.
Pós-pandemia
Quase um quarto da população ativa nacional (23,2%) teve necessidade de trabalhar à distância assim que a pandemia atingiu o país, em março de 2020. Os dados são do estudo ‘COVID-19 e os Portugueses – A vida em tempo de quarentena’, realizado pela Católica Lisbon, e demonstram a reação imediata das empresas e do mercado, fazendo disparar a procura por serviços adequados à deslocação e à mobilidade dos colaboradores – soluções cloud, soluções de acesso remoto a VPN, tablets, computador, postos de trabalho virtuais, etc.
De acordo com analistas de mercado, do ponto de vista da gestão empresarial, a pandemia divide-se em diferentes fases e consequentes abordagens. Numa primeira fase – Resolve & Resist – foi necessário dar resposta à urgência da mudança. Colocar os colaboradores a trabalhar de forma remota e assegurar o funcionamento dos sistemas ‘core’ do negócio foi o primeiro passo. Seguiu-se a fase Return, onde o mercado ainda se encontra atualmente, na qual se verifica uma tentativa de regresso à operação mais continuada. Nas fases que se seguem – Re-imagine & Reform –, a mobilidade terá de se afirmar, “já não pela sua urgência, mas pela importância e pela evidência de resultados que deu nas fases mais críticas, provando o seu business case”, salienta Ricardo Leitão.
Para a Altice Empresas, a estratégia de disponibilização de serviços reforçou a disponibilização de soluções que potenciam a transição do digital, com segurança, uma vez que, como refere o Diretor de Gestão de Segmento B2B, a operadora manteve a aposta continuada na mobilidade das organizações, apesar da necessidade de acompanhar de perto os clientes nessa jornada. Já do ponto de vista da oferta, adaptou a sua resposta à procura de mercado, quer do ponto de vista operacional face à evolução – volume e geografia – de tráfego Internet das empresas e acesso remoto a VPNs (por exemplo em domicílios), quer na oferta de equipamentos de mobilidade. Em simultâneo, explica Ricardo Leitão, acelerou novos lançamentos como o serviço MEO Net Segura, para proteção dos negócios contra ameaças online e em tempo real na rede móvel MEO, permitindo trabalhar de forma segura e sem preocupações, bem como a evolução da oferta Cloud Backup com funcionalidades avançadas de segurança, antivírus e Disaster Recovery.
É claro que, independentemente da aceleração na adoção de soluções de mobilidade, as organizações que já anteriormente tinham estratégias nesta área, bem definidas e implementadas, conseguem tirar melhor partido da sua aposta. Por outro lado, aquelas que foram obrigadas a adotar novas práticas em tempo recorde, estão também mais bem preparadas para lidar com os desafios do futuro.
Na opinião de Ricardo Leitão, tendo em conta o potencial que a mobilidade encerra para as organizações, e as vantagens que pode trazer – inovação e produtividade – “mais do que uma atuação ad hoc com iniciativas e projetos isolados e parciais, a mobilidade deve merecer uma estratégia bem definida”. E uma estratégia pressupõe uma visão e uma ação planeada. “Quais os projetos com maior potencial? Quais as soluções com maior maturidade? Que orçamento está disponível?”, são questões que, recomenda o responsável da Altice Empresas, os gestores e decisores nas organizações têm que colocar.
Segundo dados da consultora Mckinsey, a mobilidade empresarial será disruptiva na paisagem TI das organizações, sendo que mais de 77% dos CIOs (Chief Information Officers) consideram uma abordagem mobile-first na sua estratégia de transformação digital. No entanto, aconselha Ricardo Leitão, “com o apoio profissional que se justifique de quem já possa ter uma curva de aprendizagem feita noutras empresas e organizações, cada cliente deve definir o seu plano para a mobilidade, como alternativa a adquirir terminais móveis de forma desarticulada e sem proteger o investimento feito”.
Mobilidade sim, mas com segurança
O tema da cibersegurança ganhou relevo com a pandemia, tendo-se tornado uma das principais preocupações, e uma prioridade para os CEOs. A nível global, como revela o estudo ‘Global Digital Trust Insights Survey 2021’ da consultora PwC, 96% dos gestores pretende ajustar as suas estratégias de segurança devido à Covid-19, enquanto 50% admite, em paralelo, que passaram a considerar a cibersegurança como tema prioritário em todas as decisões. Estes resultados espelham a alteração radical na ideia de segurança de perímetro das empresas que se verificou com o aumento da mobilidade dos colaboradores e da rede de acesso que os acompanha, bem como a explosão dos dispositivos das empresas (IoT, por exemplo), aumentando as vulnerabilidades e exigindo uma estratégia de segurança mais abrangente e profissional.
De acordo com o CERT.PT, em Portugal verificou-se um crescimento de mais de 100% do número de incidentes de cibersegurança durante o primeiro semestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, com o phishing a liderar os ataques informáticos. “A transformação digital que a mobilidade acompanha, assume tarefas e componentes cada vez mais mission critical nas organizações, pelo que a vulnerabilidade da infraestrutura ICT tem impacto direto no negócio, exigindo uma gestão de risco e políticas internas de segurança”, refere Ricardo Leitão. O responsável destaca a oferta da Altice Empresas a este nível – dos sistemas mais sofisticados de intelligence & resillience, ao SOC – Security Operations Center, Filtragem de Conteúdos, Soluções de Firewall, Segurança de Email, entre outras. Contudo, a par das soluções de cibersegurança que corporizam a melhor tecnologia de defesa, no contexto de mobilidade e acesso remoto pelos trabalhadores, salienta que é importante referir alguns aspetos como o awareness do estado da rede, mas também a consciencialização dos colaboradores, que agora não estão na camada protetora do perímetro da empresa. Esta vertente é, aliás, uma das que mais necessita de reforço para mitigar o risco e garantir a segurança.
Outro fator a ter em consideração numa estratégia de cibersegurança é a questão da compliance – soluções de network access control, que garantem o acesso legítimo e dentro dos padrões de segurança dos dispositivos à rede. Segundo o responsável da Altice Empresas, estas são preocupações que a mobilidade veio agudizar, bem como a necessidade de contínuo enforcement de políticas, “garantindo que o comportamento dos colaboradores quanto ao uso dos dispositivos e ao acesso à informação na web é o mesmo, independentemente do local onde estão”.