Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon, Meta, Tesla e Nvidia – são estas as “Sete Magníficas” que constituem o bloco tecnológico dominante nos EUA e que, durante 2023, captaram a atenção dos investidores confortavelmente vestidos na sua “pele de touro”. A ascensão meteórica dos lucros e capitalização bolsista destas gigantes tecnológicas, que incrivelmente representam mais de um quarto do índice americano S&P500 e mais de metade do Nasdaq-100, tornaria este bloco de 7 empresas na segunda maior bolsa do mundo, dobrando o valor da bolsa japonesa (Nikkei) em quarto lugar…
Se no blockbuster “The Magnificent Seven”, 7 pistoleiros ajudaram uma simples vila a defender-se de um bando de bandidos, estas 7 empresas não combatem vilões, mas generosamente “armaram” vários portfólios com muitos dólares extra, registando uns incríveis 107% de ganhos cumulativos em 2023 – catapultando o índice Nasdaq-100 para um novo máximo histórico, valorizando 53% no ano. O atual debate em torno destas residentes do “trillion dólar club”, apenas a Meta e a Tesla (ainda) ficam à porta, é bastante simples: poderá o momentum continuar durante 2024?
O mercado não teve dificuldades em eleger o setor tecnológico como um dos favoritos do ano, isto apesar de alguns atores de mercado temerem ventos contrários que possam desencadear uma rodada de perdas dolorosas. A última palavra parece estar do lado do crescimento económico e dos resultados apresentados nos próximos trimestres que, se não abrandarem demasiado, poderá ser um valioso drive para estas “mega-caps”.
Os investidores, para já, continuam a manter este bloco tecnológico na sua “watchlist”, visando o seu potencial de retorno a médio/longo prazo, face ao seu histórico de desempenhos sólidos, liderança de mercado, inovação constante e a sua base sólida de clientes, que tornam estas gigantes tecnológicas em oportunidades atrativas. Importa salientar que desde o início de 2024, as “Sete Magníficas” estão a subir cerca de 15%, em média, o que duplica aproximadamente o retorno do índice S&P 500.
Uma análise mais detalhada da performance dos 7 títulos, demonstra resultados mistos, com a Tesla e a Apple para já a desiludir, recuando acima dos 2 dígitos no ano. Neste primeiro trimestre de 2024, há uma magnifica que brilha mais que as suas congéneres… 22.1 mil milhões de dólares de lucro apenas no último trimestre, maior valorização de mercado de uma empresa numa única sessão de bolsa – movimento intradiário hollywoodesco que adicionou 277 mil milhões de dólares à sua capitalização bolsista – elevando o seu valor total de mercado para perto dos 2 biliões de dólares. Este foi apenas o último capítulo da NVIDIA – promovida a fabricante de chips mais valiosa do mundo. De acordo com alguns estudos efetuados, o fornecimento de chips será mais importante que o Oil & Gas nas próximas 5 décadas, e estes desenvolvimentos vêm com uma potencial questão: será a indústria de chips o novo petróleo? Se assim for, este poderá ser um novo trigger para os fabricantes de chips – destacando-se por criarem os “cérebros” para os modelos de inteligência artificial (IA) – cimentando a aposta de Wall Street no potencial destas tecnologias, reacendendo a “loucura da IA” que levou ao boom destas 7 gigantes americanas. Mas estará este restrito clube fechado? Ou a Netflix, única representante da fraternidade das “FAANG” que não se encontra neste restrito grupo, poderá, face à sua performance recente, estar a piscar o olho como 8.º membro, ou mesmo substituir uma das atuais residentes?!
Estas “Magníficas 7” possuem características que lhes conferem uma vantagem poderosa em IA generativa. Os dados alimentam a IA e estas empresas têm isso em abundância graças à sua massa leal de consumidores. O mundo está a mudar num ritmo cada vez maior graças à IA e estas 7 populares empresas já fazem parte dessa mudança!