Para lá da atmosfera terrestre, as cores são diferentes. A luz do Sol é de um branco puro. “É o branco mais branco que pode existir. Era como se tivesse a visão do Super-Homem.” As cores são intensas e brilhantes – o casco branco reluzente da nave; o ouro metálico das mantas térmicas; o vermelho, o branco e o azul da bandeira norte-americana. “Tudo era brilhante, rico e bonito. Tudo tinha clareza e nitidez. Era como se estivesse a ver as coisas na sua forma mais pura, como se estivesse a ver as cores verdadeiras pela primeira vez”, relata no seu livro de memórias.
Mike Massimino é ex-astronauta da NASA, autor de best-sellers do New York Times, professor de Engenharia Mecânica na Universidade de Columbia e consultor do Intrepid Sea, Air & Space Museum. Veterano de duas missões espaciais, Mike foi a primeira pessoa a twittar do Espaço e completou com sucesso a mais difícil caminhada espacial para reparar o telescópio espacial Hubble. Enfrentou três rejeições, ao longo de sete anos, no seu percurso para se tornar astronauta, incluindo superar uma desqualificação médica, que o levou a treinar os olhos e o cérebro para ver melhor. Orador principal na mais recente edição do LangOps Universe – promovido pela Unbabel, plataforma portuguesa de Language Operations –, Mike falou à EXAME dos desafios de levar adiante uma missão bem-sucedida e das lições aprendidas na NASA ao longo da sua carreira: propósito, perseverança, preparação e trabalho de equipa.