Os planos de Miguel Artiaga Barbosa, CEO da Oitante, parecem estar a cumprir-se conforme o previsto. A sociedade-veículo criada para acomodar os ativos que pertenciam ao Banif e com os quais o Santander Totta não quis ficar, já pagou mais de metade da dívida contraída, através de um empréstimo obrigacionista, em dezembro de 2015. Em comunicado enviado às redações, a Oitante revelou esta quinta-feira que amortizou mais 15 milhões de euros.
Os 746 milhões de euros de que a Oitante necessitou foram conseguidos através de uma emissão de obrigações com garantia do Fundo de Resolução e uma contra-garantia do Estado português. Isto significa que este reembolso vem aliviar os receios de mais uma resolução com custos elevados para os contribuintes nacionais. No mesmo sentido, os bancos, que contribuem para o Fundo, ganham também algum alívio.
Numa entrevista dada à EXAME em setembro do ano passado, Miguel Artiaga Barbosa garantia que os contribuintes não seriam chamados a pagar o custo da resolução levada a cabo há cerca de três anos.