No futebol, há alguma razão, mas sobretudo muita paixão. É por isso que, mesmo não sendo a seleção inglesa favorita a vencer o Mundial de futebol, muitos britânicos tenham apostado à mesma na equipa. Na verdade, ninguém esperava que os “Três Leões” fossem muito longe, mas à medida que foram avançando, as casas de apostas começaram a tremer. É que uma vitória inglesa traria, para elas, uma fatura de milhões.
Antes do início do torneio na Rússia, casas como a Paddy Power Betfair e a William Hill estavam a oferecer odds de 16-1 para a vitória inglesa no final, significando que o apostador ganharia 16 libras por cada libra apostada. E mesmo isto sendo altamente improvável, houve uma onde de “patriotismo das apostas”, com um volume significativo de dinheiro colocado na vitória britânica. Tudo estaria bem, não fosse a equipa começar a ganhar e a chegar até às meias-finais, pela primeira vez em 28 anos.
Simon Clare, porta-voz da Coral, empresa de apostas adquirida este ano pela GVC Holdings, admitiu à Bloomberg que estavam dezenas de milhões de libras em risco, num cenário de vitória inglesa.
Com a recente derrota frente à Croácia, enquanto milhões de adeptos ingleses lidavam com a desilusão, investidores e empresas suspiravam de alívio por não terem de pagar a conta da festa.
Sinal disso mesmo veio da bolsa de Londres. As acções da William Hill subiram 1,7%, as da Paddy Power 3,4% e a GVC fixou mesmo um novo máximo histórico.