Alfredo Marvão Pereira está nos Estados Unidos há 35 anos, onde leciona e faz investigação em Economia – centrada no caso português. Vem a Portugal com frequência e não tem dúvidas em dizer que o país “está fora de série comparado com o que era há 35 anos”. Mas nem tudo são rosas. Especialista em investimento, Marvão Pereira aponta baterias a “um dos problemas maiores na política económica em Portugal: quem pensa tem pouca capacidade de decidir e quem decide pensa pouco. Há muito pouco pensamento estratégico”.
O foco da sua investigação tem sido Portugal. Como vê o país?
O meu interesse foi sempre usar a ciência económica para perceber os problemas e como resolvê-los. Isto tem a ver com um dos problemas maiores na política económica em Portugal: quem pensa tem pouca capacidade de decidir e quem decide pensa pouco. Ou, vamos ser mais simpáticos, tem pouco tempo para pensar. Há muito pouco pensamento estratégico. Está a fazer muita falta ao país deixar de fazer ‘navegação à vista’. Dou um exemplo: no Canadá, a província de Ontário está a começar a desenvolver um plano de infraestruturas que será implementado a partir de 2020. E já estão a desenvolver o plano, contactaram especialistas… Esta capacidade de pensar as coisas a mais longo prazo e de forma estratégica falta muito em Portugal.
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