José Brissos-Lino

Doutorado em Psicologia, especialista em Ética e em Ciência das Religiões; professor universitário; coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo e do NEPRE-Núcleo de Estudos em Psicologia da Religião e Espiritualidade; director das revistas científicas Ad Aeternum (Portugal) e Olhar Científico (Angola); investigador do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, Universidade de Lisboa) e do LUSOGLOBE (Lusófona Centre on Global Challenges, Universidade Lusófona). Desenvolve há muitos anos intensa atividade em instituições culturais, humanitárias e de solidariedade social, algumas das quais fundou. Poeta e ficcionista
Vestígios de Azul

A Fé no Capitólio, ou a aparência dela

O congresso americano que iniciou funções a 3 de Janeiro contará com menos cristãos do que o anterior, confirmando a tendência da última década. Todavia, ainda estão sobre-representados relativamente à população

Secularismo na era da intolerância
Vestígios de Azul

Menos abóboras e mais grãos de mostarda

Numa sociedade que adora a mediatização, parece que alguns setores cristãos perderam o interesse no sentido do grão de mostarda, invocado na parábola de Jesus e estão mais empenhados num vulgar concurso de abóboras gigantes

Vestígios de Azul

Fazer a paz dá trabalho

No final da missa de Natal, que decorreu na Sé, o chefe da igreja católica da diocese de Lisboa resolveu entrar na guerra política que tem decorrido nos últimos dias a propósito da operação policial na Rua do Benformoso e que proporcionou uma imagem terceiromundista

presépio, nascimento de Jesus Cristo
Vestígios de Azul

Quando Deus rima com surpresa

De facto, a grande pedra de tropeço que impede muitos de compreenderem o Deus revelado em Jesus de Nazaré é justamente a sua tremenda humanidade mas também o modo como a viveu, que vai desde a forma como nasceu e surgiu no palco da história, até à maneira como morreu. Esse é o escândalo da revelação divina

Vestígios de Azul

Não se confunda nacionalismo com patriotismo

É por tudo isto que não convém confundir a estrada da Beira com a beira da estrada, ou seja, patriotismo com nacionalismo. O primeiro é uma coisa boa, já o lugar do segundo será no caixote do lixo da História

Vestígios de Azul

Portugal ainda não é um submarino

A mais que provável candidatura de Gouveia e Melo a Belém resulta de um equívoco. Nada se sabe sobre as ideias políticas do almirante para o País, e mesmo assim o militar é apontado como favorito, levado ao colo pela comunicação social

Vestígios de Azul

As mulheres sempre estiveram na frente

Por muito que o sistema patriarcal as remetesse para segundo plano as mulheres sempre estiveram na linha da frente, na religião e na luta pela paz. Os homens deste mundo têm muito a aprender com elas

Vestígios de Azul

Transumância religiosa

Está comprovado que a fé cristã se passou do hemisfério norte para o sul, numa espécie de transumância religiosa. À medida que a Europa foi abandonando a fé ela prosperou para lá do Equador. Por outro lado a América do Norte encontra-se a fazer, embora mais tardiamente, o caminho europeu, por diversas razões

Vestígios de Azul

Os Magãos

A América acaba de inventar uma nova religião. Os seus fiéis ainda não escolheram um nome oficial mas podemos chamar-lhes provisoriamente magãos

Vestígios de Azul

A última a morrer

O ser humano precisa de esperança ao longo da vida, muito em especial quando enfrenta uma doença grave ou se sente perante a proximidade inevitável do final do seu ciclo de vida

Vestígios de Azul

Um problema de coração

Estes últimos dias pareceram um filme de ação rodado na Grande Lisboa. Mas afinal não era ficção, era uma ode à violência que deu para tudo, desde mortos, feridos, presos, motins, incitações ao crime, destruição de património público e privado

Vestígios de Azul

A sociedade dos autómatos

A sociedade dos autómatos de carne e osso, que não pensam e se conformam em prescindir da verdade, será uma sociedade de escravos. Já não estamos longe disso

Vestígios de Azul

A maldição americana

Os Estados Unidos desenvolveram nas últimas décadas uma cultura desprovida de verdadeira educação moral, o que levou à emergência de gerações que se encontram a crescer num mundo desarticulado e autorreferencial. E quando assim acontece vem ao de cima o pior do ser humano

Vestígios de Azul

O mal não está nas religiões, mas nos maus religiosos

É habitual ouvir notícias de cristãos perseguidos por radicais muçulmanos, hindus e fiéis de outras religiões, incluindo judeus de Israel. Por sua vez também há cristãos que perseguem outros de fé diferente. Portanto, o extremismo religioso está por todo o lado

Espírito de luz e correntes de energia
Vestígios de Azul

Estamos a atirar o ouro borda fora…

As propostas sociais mais correntes para os idosos são centros de dia, lares de terceira idade e apoio domiciliário. Mas são propostas que foram desenhadas para uma população analfabeta ou com baixa literacia e cultura, problemas de mobilidade e saúde mais acentuados e que por isso não respondem inteiramente às necessidades atuais

Vestígios de Azul

O futuro da Igreja

Sejamos honestos. Quantos cristãos movidos pela sua fé estão hoje dispostos a ajudar com esforço físico, tempo e dinheiro, muçulmanos, hindus, budistas, espíritas ou quaisquer outros que se encontrem em situação de necessidade e fragilidade, como fez o homem de Samaria?

Vestígios de Azul

Chamados ao caminho de Emaús

O reino de Deus é como o caminho de Emaús. É neste caminho de fé, a partir de Jerusalém, que o Cristo Ressuscitado nos vai aquecendo o coração, sempre que nos fala. E se nos vai revelando dia-a-dia, cada vez mais, em especial quando nos parte o Pão da Sua Palavra, estando nós sentados à Sua Mesa

Vestígios de Azul

Um êxodo falhado

A nostalgia do velho Império Britânico ajudou a ditar o voto a favor do Brexit, pelo menos nas gerações mais velhas. Agora todos torcem a orelha

Vestígios de Azul

A última a morrer

Foi enquanto prisioneiro de guerra que Moltmann descobriu a fé, em 1945. Mais do que isso, descobriu um Deus solidário que se faz presente no sofrimento humano e que nele desencadeia a poderosa força da esperança

Vestígios de Azul

Discuta-se a imigração, sim!

A pior coisa que se pode fazer é entregar o tema da imigração ao cuidado de populistas e extremistas, na Europa e em Portugal

Vestígios de Azul

Camões tinha razão!

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades/Muda-se o ser, muda-se a confiança;/Todo o mundo é composto de mudança,/Tomando sempre novas qualidades.” Isto dizia Camões no séc. XVI. E estava coberto de razão