O escândalo do Signalgate – o uso de uma app de conversação por altos funcionários da administração americana para discutir pormenores dos ataques aos Hutis – confirma-nos duas coisas… interessantes.
Primeiro, que a Casa Branca é povoada por incompetentes e irresponsáveis, que utilizam os seus telemóveis pessoais, e não os meios seguros à sua disposição, para planear ações militares ultrassecretas, pondo-se à mercê de agentes inimigos.
(Não contentes com isso, ainda convidam para o grupo, acidentalmente, uma pessoa externa, que por pura sorte era um jornalista com sentido de Estado; pontuarem uma discussão tão séria com emojis – ???????????????????????? -, como se fossem miúdos da escola a falar da última atualização do Minecraft, é, digamos, cringe, isto para nos mantermos fiéis ao estilo; e o facto de pelo menos dois deles, a diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, e o negociador-chefe para a guerra da Rússia na Ucrânia, Steve Witkoff, se encontrarem no estrangeiro enquanto participavam na conversa é o lacinho que faltava para rematar a prenda aos inimigos dos EUA, sendo que Witkoff estava mesmo em Moscovo, quiçá a usar o WiFi do Kremlin.)
Segundo, que esta administração odeia a Europa. J. D. Vance, o vice-presidente, foi ao ponto de pôr a ação militar em causa porque a Europa beneficiaria mais de um mar Vermelho seguro do que os EUA, uma vez que tem mais comércio a passar por ali.
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