É um jovem investidor empresário que ganha dinheiro no ramo imobiliário com a recuperação de casas – é CEO do Grupo Patagora -, mas que não se deixa definir apenas pela sua veia profissional.
Rafael Nacif, luso-brasileiro, vive em Portugal desde é também um atleta que se dedica a várias causas sociais, mas a uma em particular: os meninos-escravos do Gana, em nome dos quais a jornalista Alexandra Borges criou a ONG Filhos do Coração.
A próxima prova em que Rafael Nacif vai participar é um triatlo, a 7 de junho, na Suíça.
O jovem instalou-se em Portugal, como a mulher e duas filhas, depois de ter passado pelos EUA, Canadá e Suíça. Apaixonou-se pelas pessoas e por Cascais, como costuma dizer, e são as pessoas que estão no centro das suas preocupações.
Ajuda uma creche em S. Tomé, um orfanato em Moçambique e contribui para os estudos universitários de dois meninos guineenses em Lisboa.
Foi depois de se cruzar com Alexandra Borges, da TVI, que os escravos do Gana passaram também a fazer parte da sua lista de protegidos. Percebeu que crianças de 3 e 4 anos são vendidas pelos próprios pais, por menos de 30 dólares, a pescadores do Lago Volta, onde trabalham 7 dias por semana a uma média de 14 horas do dia e decidiu aproveitar a sua participação pública em provas desportivas (como a Ironman) para chamar a atenção para o tráfico infantil em todo o Mundo.
Foi isso que fez no dia 2 de maio, no Ironman de Lisboa (ficou em 195º lugar depois de nadar 950 metros, andar de bicicleta durante 45 km e correr 10,5km). E é também o que planeia fazer a 7 de junho, na Suíça, a 29 de agosto na Áustria e a 25 de outubro na Turquia. Na Suíça usará uma camisola especial alusiva à causa ganesa.