De acordo com a Ordem dos Médicos Dentistas, foram distribuídos 173 mil cheques dentista desde o início deste ano. A taxa de utilização média dos cheques ronda os 65%, com uma variação entre os 24% nos jovens com 15 anos e 85% nos doentes com Sida/HIV.
Os alunos das escolas públicas com 7, 10 e 13 anos são os principais beneficiários do programa, receberam mais de 120 mil cheques dentista. Os outros 53 mil foram entregues a jovens com 15 anos, grávidas seguidas em hospitais públicos, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de Sida/HIV.
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, defende que apoio deveria ser alargado aos diabéticos, já que são um grupo com riscos adicionais de problemas de saúde oral. “Há uma relação enorme entre diabetes e saúde oral. A diabetes precisa de estar controlada para se ter uma boa saúde oral e vice-versa. É preciso um bom controlo da saúde oral, principalmente ao nível da gengiva e do osso, para que a diabetes não seja exacerbada”, explicou o médico à agência Lusa. Em Portugal, estão diagnosticados 1 milhão de diabéticos.
Desde o início do programa, em 2008, 1,9 milhões de pessoas tiveram acesso aos cheques dentista e realizaram-se cerca de 6,5 milhões de tratamentos dentários. O número de beneficiários tem vindo a aumentar de ano para ano. Em 2013, foram entregues 633 mil cheques, sendo 408 mil efetivamente utilizados.
Cerca de 60% dos tratamentos correspondem a procedimentos de prevenção, o que representa uma diminuição da incidência das cáries, sobretudo nas crianças, o principal alvo do programa.
Atualmente, 3305 médicos dentistas colaboram no Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral.