“A caridade desempenha um papel importante no apoio aos valores e na progressão do trabalho das Nações Unidas. Doações de tempo ou de dinheiro; envolvimento voluntário numa das suas próprias comunidades ou no outro lado do mundo; atos de caridade e bondade sem esperar uma recompensa; estas e outras expressões de solidariedade global ajudam-nos na nossa procura partilhada de viver em harmonia e de construir um futuro pacífico para todos.
Saúdo esta primeira celebração do Dia Internacional da Caridade, que foi proclamada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas no ano passado e que coincide com o aniversário da morte da Madre Teresa, cuja vida e boas obras, por alguns dos mais pobres e dos vulneráveis da família humana, impulsionaram a emulação no mundo inteiro.
Estranhamente, a caridade é, por vezes, dispensada, como se fosse ineficiente, inapropriada ou mesmo humilhante para o beneficiário. “Isto não é caridade, isto é um investimento”, empenham-se alguns doadores em afirmar. Vamos reconhecer a caridade por aquilo que é no essencial: uma nobre empresa que visa melhorar a condição humana.
Numa altura em que pretendemos acelerar os nossos esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e definir uma agenda audaz para o período pós-2015, o papel da caridade pode e deve crescer.
Organismos das Nações Unidas, como o Programa de Voluntários e a UNICEF, proporcionam lugares para que pessoas em todo o mundo se possam envolver.
Ao estabelecer o Dia, a Assembleia-Geral solicitou que a caridade fosse encorajada através da educação e de actividades de promoção e sensibilização; iniciativas tais como a promovida pelo Impacto Académico das Nações Unidas, intitulada ASPIRE – Ação dos Estudantes para Promover a Inovação e a Reforma através da Educação – têm encorajado jovens, mulheres e homens, a assumirem a responsabilidade de garantir que os seus pares menos afortunados tenham a possibilidade financeira de frequentar a escola.
As agências humanitárias das Nações Unidas dependem das doações caridosas do público assim como da generosidade dos governos em continuar o seu trabalho de salvar vidas na resposta a desastres naturais, conflitos armados e a outras emergências. Neste Dia Internacional, exorto as pessoas em todo o mundo, de todas as idades, para agir com base num impulso caritativo que reside em todos os seres humanos.”