“A minha vida resume-se a um quarto”, diz Hugo Duarte, 45 anos, empregado de um restaurante, divorciado, pai de dois filhos. Entramos então na sua “vida”.
Um quarto arejado e luminoso, onde o sol entra forte logo pela manhã, porque “um quarto sem janela é uma prisão”, na zona de Sete Rios, em Lisboa. Uma cama de casal e duas cómodas: uma onde trata da mente e outra onde trata do corpo. Na primeira está uma espécie de “altar de meditação” com incensos e queimadores de óleos. Do telemóvel sai uma música relaxante e é com muita facilidade que Hugo se teletransporta para 15 a 20 minutos de introspeção silenciosa, um ritual para os dias em que está mais cansado ou com alguma preocupação. Na segunda, mobília antiga de madeira escura, dispõe os produtos para cuidar do corpo e do rosto, água de colónia, gel de banho, creme hidratante, sérum, bálsamo.
