“Quando estava a trabalhar nas cenas iniciais o tom era vocalmente muito atlético para mim e lesionei-me, tive de ficar em silêncio durante três meses”, explicou a atriz ,numa conferência de lançamento do filme. “Aprendi uma lição importante de prestar atenção aos meus limites”.
O novo filme de animação da DreamWorks “Robot Selvagem”, que se estreia na quinta-feira nos cinemas portugueses, tem a voz de Lupita Nyong’o no papel do protagonista, o robô humanoide Rozzum 7134, que passa a ser abreviado para “Roz”. A atriz de “Wakanda Para Sempre” inspirou-se em vozes de Inteligência Artificial como a Siri e a Alexa para conceber um tom de “otimismo programado” que acaba por evoluir no filme.
“Se pensarmos nisto ao nível filosófico, uma das coisas que torna os robôs e a IA diferentes dos humanos é o facto de não terem emoção”, disse a atriz, numa exibição antecipada em Los Angeles. “Aqui estamos a contar uma história sobre um robô que começa com uma estrutura muito sofisticada e uma mentalidade programada e devido às exigências da natureza tem de se adaptar a um sentido de existência mais orgânico”.
No final, este ser artificial consegue comover a audiência e parece ter desenvolvido algo similar a emoção, embora não o seja realmente.
Com Pedro Pascual a dar a voz a Fink, a raposa matreira que no final se redime, e Kit Connor a interpretar Brightbill, o pequeno ganso de quem a robô Roz cuida, “Robot Selvagem” é uma das maiores apostas de animação de Hollywood para 2024. A versão portuguesa é protagonizada por Mafalda Luís de Castro, Miguel Raposo e Martim Oliveira.