Um novo furacão, apelidado de Beryl, tornou-se “o mais precoce” a atingir a categoria 5 – a mais elevada na escala de furacões – no oceano Atlântico, em apenas algumas horas, no dia 2 de julho. Segundo Francisco Martín León, meteorologista e especialista do projeto de informação meteorológica Meteored, o furacão Beryl que terá começado como uma tempestade tropical, evoluiu para um furacão de categoria quatro ao chegar ao Mar da Caraíbas, onde, horas depois, devido às condições meteorológicas, se tornou o mais rápido furacão a atingir a quinta categoria na escala de furacões. Beryl ultrapassou o recorde anteriormente estabelecido pelo furacão Emily – que também atingiu a quinta categoria – a 16 de julho de 2005.
Os especialistas acreditam que as altas temperaturas encontradas pelo fenómeno climático, nas águas das Caraíbas, bem como o “elevado teor de calor oceânico nas áreas por si sobrevoadas”, podem ajudar a explicar a sua rápida intensificação.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, localidades no Mar da Caraíbas – que incluem as áreas da ilha de São Domingos, Jamaica, Ilhas Caimão e Península de Yucatán – poderão ser gravemente afetadas pelo Beryl durante os próximos dias, com chuvas fortes e inundações. A Jamaica, mais perto do furacão, está sob aviso já para esta quarta-feira, dia 3 julho.
Beryl poderá ser o primeiro de “novo normal”
Com ventos que chegam aos 270 quilómetros hora, o Beryl foi também o furacão mais forte alguma vez registado no oceano Atlântico. Os cientistas acreditam que este furacão é apenas o primeiro de vários fenómenos semelhantes que podem vir a ocorrer em 2024. A força recente demonstrada por furacões como o de 2 de julho tem levado os especialistas a ponderar a introdução de uma nova categoria – número seis – reservada para os “superfuracões”.