As portas da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) abrem apenas às 9h, mas a fila, junto ao edifício na Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, começou a formar-se ainda antes do nascer do sol. O quadro repete-se diariamente. Centenas de imigrantes esperam (e desesperam) por vagas ou respostas daquela agência, criada após a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), e que assumiu tarefas administrativas de conceder e renovar as autorizações de residência de estrangeiros a viver em Portugal.
Neste momento, há “cerca de 400 mil processos de imigrantes por resolver”, confirma à VISÃO fonte da AIMA. “Nalguns casos, as pessoas aguardam há dois ou três anos para terem a sua situação no País regularizada.” Os serviços dão passos pequenos e lentos. “Há falhas e vidas bloqueadas pela falta de documentos”, sublinha a mesma fonte.