A cena parece saída de um filme de ficção científica. Custa até a imaginar que possa desenrolar-se em Portugal, nos laboratórios do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), em pleno centro de Lisboa. É científica, sim, mas nada tem de ficcional.
A equipa que manuseia cuidadosamente vírus altamente contagiosos, num laboratório hermeticamente fechado, é liderada por Miguel Castanho, docente e investigador do iMM, e recebeu um dos financiamentos mais competitivos da Comissão Europeia, destinado a projetos que, embora de alto risco financeiro, se revelem altamente inovadores e capazes de, em caso de sucesso, causar um grande benefício para a saúde pública e ainda uma disrupção no conhecimento científico atual.