Muito se tem falado dos millenials, aquela geração aparecida entre os inícios de 1980 e o final do século passado. A eles se seguiram os que nasceram nos finais da década de 1990 até ao início do ano 2010, a quem se chamou a geração Z ou zoomers.
No entanto, há uma franja de pessoas abrangidas por estas nomenclaturas, que fica ali na zona da transição, que não se identifica com as características atribuídas às duas gerações, sentindo-se sociologicamente órfã. Para esses, os que vieram ao mundo entre 1992 e 1998, e estão agora na casa dos vintes, criou-se uma nova micro-designação: os zillennials. Tal como a mistura do nome indica, foram tocados pelas particularidades das suas gerações.
Geralmente, a geração millenial é definida como egocêntrica e empreendedora. Apesar disso, está em piores lençóis financeiros do que os seus antecessores, especialmente quando se fala da possibilidade de ter casa própria. Foi com ela que nasceu o multitasking, a mania das mensagens e a aversão em falar ao telefone.
As pessoas que pertencem à geração Z, além de tratarem a tecnologia por tu, têm Greta Thunberg como exemplo e são conhecidas como ambiciosas, motivadas para marcar a diferença e incentivar a participação cívica.
Já os zillennials cresceram na mudança do analógico para o digital, estão constantemente a experienciar o velho e o novo. O Urban Dictionary define-os como “demasiado jovens para estarem no núcleo dos millenials e demasiado velhos para estarem no núcleo da geração Z. Foram crianças nos anos 2000 e passaram de adolescentes a adultos na década de 2010.”
Lembra-se do 11/09?
Crises constantes de identidade podem definir um zillennial, mas de acordo com vários fóruns, o fator mais determinante é haver ou não memória do 11 de Setembro. Em 2001, os millenials tinham idade suficiente para entender a gravidade do que se passou, enquanto que, nessa época, a geração Z nem sequer existia. Por sua vez, os zillennials têm recordações turvas do acontecimento. É este tipo de argumentação que sustenta que eles sejam uma geração à parte.
A forma como se relacionaram com a tecnologia é outro dos argumentos que sustenta esta teoria. A geração Z é conhecida por ser nativa digital, com iPads no meio de chuchas e outros elementos infantis. Os zillennials ainda se lembram dos seus primeiros telemóveis convencionais, dos computadores de secretária controlados pela família e do Snapchat durante o secundário. A familiaridade com a tecnologia aconteceu de forma gradual e não à nascença.
Enquanto na infância dos millenials existiam discmans e na da geração Z existem iPhones, a dos zillennials foi marcada pelos MP3, essa invenção esquecida que fez a transição do mundo velho para o novo. Os mais antigos ainda estiveram no Facebook, os mais novos já só querem TikTok e os que se sentem no meio disto preferem o Instagram, a rede social onde podem estar atentos aos conteúdos de todas as idades.
Serei um zillennial?
Se se identificar com as frases que se seguem, nem duvide que é essa a sua geração:
- Via os Morangos com Açúcar
2. Tive um telemóvel Nokia
3. Jogava SIMS num computador fixo
4. Passava horas no Gameboy
5. Assistia a séries na televisão
6. Não perdi um filme da saga Harry Potter
7. Ouvi música num MP3
8. Tinha pelo menos um youtuber como ídolo
9. Sou ativo no Instagram
10. Ainda faço algumas chamadas telefónicas