Estar acordado quando queria – e deveria – estar a dormir e estar com sono e cansado nos momentos em que gostaria de estar acordado. As viagens internacionais, com longas horas de voo, podem ser sinónimo de felicidade, quando representam férias, visitar a família e amigos ou até negócios. Mas o pesadelo do jet lag pode estragar os momentos mais agradáveis.
Nas suas formas mais complexas, o jet lag pode causar mal-estar geral, confusão, problemas gastrointestinais, perturbações do sono, tonturas, ansiedade, irritabilidade, náuseas e dificuldades de concentração.
Estes efeitos podem variar de pessoa para pessoa, mas também consoante o local para onde se viaja. A CNN dá o exemplo de como voar para oeste é sinónimo de se “ganhar” tempo: “Suponha que Jasmine e Sarah partem de Adelaide [Austrália] ao mesmo tempo. Jasmine pousa em Perth [Austrália] à tarde, cerca de duas horas e meia mais cedo. Ela vê alguns pontos turísticos e adormece facilmente por volta das 20h30, horário local. O que acontece é que ela acorda muito cedo e começa o dia. Como o relógio biológico de Jasmine atrasa naturalmente – mudando um pouco em relação à hora local a cada dia –, depois de alguns dias ela está totalmente sincronizada”, lê-se.
“Sarah, por sua vez, pousa em Auckland [Nova Zelândia], cerca de duas horas e meia mais tarde. Ela aproveita a tarde amena e um pouco da noite, e fica bem acordada até as duas da manhã [quando seriam 10h30 na sua origem]. Ela esforça-se para sair da cama quando o alarme toca às sete da manhã, porque ainda são 4h30 no seu relógio biológico. Sarah provavelmente sentirá mais os efeitos do jet lag do que Jasmine e por mais tempo”, explica-se.
Assim, e de forma resumida, quem viaja de Adelaide para Perth, ou seja, para oeste, sofre menos do que quem viaja de Adelaide para Auckland (este).
Mas como se pode diminuir estes efeitos? A cadeia televisiva norte-americana deixa dicas de como o pode fazer:
Em primeiro lugar, é importante perceber se vale a pena adaptar o seu corpo a um novo horário. Isto porque, se a viagem for curta, não existe essa necessidade. Se for por mais de três dias, aconselha-se, o melhor é mesmo ir habituando o corpo, de forma progressiva, ao novo fuso horário. Caso necessite mesmo de mudar os costumes, a melhor forma é começar no avião.
O que pode ajudar também é diminuir o consumo de cafeína e de álcool durante a viagem. Este tipo de líquidos pode prejudicar o sono. Nesse sentido, é importante também que, para se ajustar a um novo fuso horário, tente dormir durante a noite local e apenas descanse quando precisar nos outros horários, fazendo, por exemplo, sestas de curta duração.
Durante o tempo em que está de viagem, se sentir desconforto gastrointestinal, faça pequenas refeições e coma apenas quando estiver com fome. Outra dica importante é sair de casa: a luz solar ajuda a que se ajuste a um novo fuso horário.