Múltiplas torres, de diversas alturas, que começam no cimo do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e que se estendem ao longo do terreno. No corpo central da estrutura, há um grande palco. Do lado direito, uma grande varanda para um coro. E a ladear as cerca de 90 plataformas, onde poderão estar pessoas a dançar e a cantar, há ainda duas torres com ecrãs gigantes. Esta é a base da proposta do segundo palco-altar para a Jornada Mundial da Juventude (JML), no verão, que está a provocar surpresa, a começar pelo presidente da República, que já terá apelado a uma revisão da ideia.
Fonte ligada ao processo adiantou à VISÃO que este é uma proposta que ainda estará por aprovar pela Câmara Municipal de Lisboa e que conta com uma estimativa de custo na ordem dos 2 milhões de euros. Contudo, já várias autoridades terão tido acesso ao mesmo, entre as quais Marcelo Rebelo de Sousa, que não deixou de a criticar pelo seu tamanho.
O palco irá servir para três momentos da JMJ: o acolhimento ao papa, a missa do cardeal e a via sacra, cerimónias de cerca de hora e meia.
Este design da estrutura – moderno e arrojado – está a deixar muitas pessoas dentro da própria Câmara Municipal desconfortáveis, sabe a VISÃO.
A estupefação com este segundo palco junta-se àquela que provocou o custo (e a dimensão) do palco-altar projetado para o Parque Trancão. Essa estrutura, que deverá acolher o papa Francisco, levou o coordenador da JMJ, o bispo-auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, a comprometer-se com um redimensionamento do mesmo.
Em causa, com esse primeiro palco, está um investimento acima dos 6 milhões de euros – cerca de cinco milhões, já com IVA, para a estrutura principal, e mais de um milhão de euros, destinados às fundações do palco. Essa obra entregue, através de um ajuste direto, à Mota-Engil.