Aí estão de novo as imagens que entram dentro das casas dos portugueses, através das televisões, com chamas a reduzirem a cinzas o arvoredo e o mato, e populações em pânico a serem retiradas das suas casas, para lembrarem que o flagelo que atinge o País todos os anos, com maior incidência nesta altura do ano, é um inimigo que há muito que veio para ficar. Mas para quem vive no Sul do País, tal cenário é ainda mais doloroso de ser visto, porque ali, além de já se ter passado por semelhante calamidade há um ano, ainda se espera que o Estado dê a ajuda que é sempre prometida pelo poder político nestes momentos de tragédia.
As chamas que eclodiram em Castro Marim e se estenderam aos concelhos vizinhos de Tavira e Vila Real de Santo António, em agosto de 2021, destruíram mais de 6 500 hectares de floresta. Cerca de 80 pessoas tiveram de ser retiradas das suas habitações devido a este fogo, que chegou a atingir um perímetro de 43 quilómetros e afetou maioritariamente produtores agrícolas e proprietários de pecuárias.
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