Os dados provisórios sobre o estado atual do País começaram a ser revelados esta quinta-feira pelo Instituo Nacional de Estatística (INE). O balanço revela que Portugal tem 10.344.802 habitantes, perdendo assim 217.376 pessoas (2,1%) nos últimos 10 anos.
Ainda sobre a população, Portugal registou um aumento de 40,6% de pessoas de nacionalidade estrangeira residentes no país, que agora representam 5,4% do total da população. Até há data da realização dos inquéritos, residiam 555.299 pessoas de nacionalidade estrangeira em Portugal, mais 3,7% do que 2011.
População envelhecida
O relatório refere também que a população com 65 anos ou mais aumentou 20,6% nos últimos 10 anos e representa atualmente 23,4% dos cidadãos com nacionalidade portuguesa. Assim, a nível nacional existem 182 idosos por cada 100 jovens. O maior decréscimo deu-se no número de crianças dos 0 aos 14 anos, que diminuiu 15,3% na última década.
Oleiros (Castelo Branco), Alcoutim (Faro) e Almeida (Guarda) são os municípios com a população mais envelhecida, contrastando com a Ribeira Grande e Lagoa (Açores) e Santa Cruz (Madeira) que são os mais jovens.
Mais divórcios
Sobre as famílias, os dados indicam que houve um aumento de divórcios e uma diminuição de casamentos, sendo que 43,4% da população é solteira. “Nos últimos 10 anos, aumentou a importância relativa da população divorciada”, conclui o Instituto Nacional de Estatística. Um terço dos agregados domésticos tem duas pessoas, um quarto são pessoas que vivem sozinhas.
O nível de escolarização aumentou em Portugal: 21,3% da população tem o ensino secundário – um aumento em relação aos 14,2% registados em 2011 – havendo também um crescimento no número de alunos inscritos ensino superior, passando dos 11,8% para os 17,4%. Entre os licenciados, 60% são mulheres e a maioria concentra-se nas áreas metropolitanas. Lisboa (36,8%), Oeiras (33,1%), Porto (32,1%) e Coimbra (30,7%) são os concelhos com maior proporção de residentes com ensino superior.
Interior cada vez mais isolado
Aproximadamente metade da população do país está concentrada em apenas 31 municípios dos 308 existentes, fazendo com que desequilíbrios na distribuição da população pelo território se tenham acentuado. O INE reforça que “os territórios localizados no interior do país perdem população e que os municípios que registam um crescimento populacional se situam predominantemente no litoral”.
O país registou “um ligeiro crescimento” dos edifícios e alojamentos para habitação, mas a um “ritmo bastante inferior” ao de décadas anteriores. Segundo o INE, “o número de edifícios destinados à habitação é de 3.573.416 e o de alojamentos de 5.981.485, valores que, face a 2011, representam um aumento de 0,8% e 1,7%, respetivamente”.
O Centro apresenta a maior percentagem de alojamentos ocupados pelo proprietário (77,3%) e a proporção de alojamentos arrendados mais baixa (15,8%). Já a Área Metropolitana de Lisboa é o território onde o regime de arrendamento tem “maior expressão”, com 29,2% dos alojamentos ocupados por arrendatários.