À boleia da pandemia e dos confinamentos, a bolha digital instalou-se nas casas, espaços de convívio e descanso convertidos em escritórios, salas de aula e palcos para o uso constante de telemóveis, tablets, televisores e consolas de jogos. Largar os ecrãs tornou-se uma missão quase impossível. Sugerem-no os resultados do estudo A vida digital das crianças em tempos de Covid-19: práticas digitais, segurança e bem-estar de crianças entre os 6 e os 18 anos, coordenado pelo Joint Research Centre, da Comissão Europeia, e realizado em 15 países europeus, Portugal incluído, através da Universidade Católica.
A maioria das crianças e adolescentes (80,6%) admite que, “por vezes, passa demasiado tempo a usar a internet ou dispositivos digitais” e são 76,8% as que “já tentaram alterar esse comportamento, sem sucesso”. Para 26%, é comum deixarem de dormir ou comer para usar tecnologias digitais.