Olha-se e não se acredita. Há marcação no chão para que metade dos veículos ocupe a estrada e a outra metade fique em cima do passeio. Em algumas ruas, os carros ficam quase em cima das portas – e apenas os pilaretes, em cima do empedrado, impedem que os carros ocupem ainda mais do espaço para quem passa.
As imagens, divulgadas no Facebook, rapidamente saltaram para as páginas da imprensa diária – acompanhadas das explicações. Será temporário, fez saber a autarquia da capital, e é algo que deverá ficar resolvido nos próximos meses, depois de concluído o parque de estacionamento exclusivo para residentes. “Foi a solução encontrada”, é mesmo a justificação oficial, lembrando que, até agora, a situação era mais grave, já que os passeios eram ocupados na totalidade.
Falta ainda dizer que estes lugares, ali entre as ruas Vieira Lusitano, Conde das Antas, Leandro Braga e Soares dos Reis, são tarifados pela EMEL, a empresa municipal de estacionamento de Lisboa. E que assim, pelo menos durante algum tempo, não se cumprirá por completo o que diz o Código da Estrada – ver alínea 1 do artigo 49, em que se lê “é proibido estacionar nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direcionais, nas placas centrais das rotundas, nos passeios e demais locais destinados ao trânsito de peões”.
Os comentários nas redes sociais são de incredulidade. “Antes era-se multado por estacionar em cima do passeio. Agora, a EMEL cobra por isso”, lê-se no Twitter.
