Após a sua mais do que provável extradição da Hungria para Portugal, é possível que o Ministério Público, dando seguimento à eventual vontade de Rui Pinto de se tornar “arrependido”, integre o hacker no programa de proteção especial de testemunhas.
Já beneficiaram desta proteção, criada em 2003, quase 100 pessoas, entre testemunhas e familiares.
O programa é sofisticado: admite operações plásticas para mudança do rosto ou da aparência do corpo, alteração da identidade ou fixação de residência no estrangeiro, tudo suportado pelo Estado. E às testemunhas que sejam também arguidas – caso de Rui Pinto, por agora alvo de uma queixa-crime da Doyen, fundo privado de especulação financeira, com sede em Malta, que gere carreiras de futebolistas e treinadores –, a “colaboração com a Justiça” vale, desde logo, a atenuação de pena.