As manobras para resgatar o menino de dois anos que caiu num poço em Málaga, Espanha, continuam a não dar frutos. Ao quarto dia, o delegado do Colégio de Engenheiros de Minas do Sul em Málaga, Juan López Escobar, diz ao El País, que “falam de horas, quando se devia falar de dias” para chegar a Julen. Escobar refere que a operação “é muito complexa” e que o terreno é difícil. “Não temos estudos e não sabemos como se vai comportar o terreno. Ontem tivemos deslizamentos de terras quando estávamos a perfurar”, disse.
A equipa, com cerca de uma centena de pessoas, começou por furar um túnel horizontal, mas hoje deram início a um outro, na vertical, paralelo ao poço onde caiu Julen, no domingo. O delegado explica que “um não é mais importante do que o outro” e continuam a “trabalhar com as duas hipótese”.
O poço onde caiu Julen tem um diâmetro de apenas 25 cm e o que estão agora a escavar ao lado terá 1,5 metros de diâmetro para que possam ser colocados tubos por onde descerão os especialistas em resgates de mineiros.
“É uma obra muito complexa que tem uma parte de engenharia civil e outra de engenharia mineira”, ressalva Escobar.
O poço onde caiu a criança tem cerca de 110 metros de profundidade e, nas primeiras buscas feitas com uma sonda, foi encontrado um saco de guloseimas que Julen tinha consigo aos 73 metros, onde está uma espécie de “tampão” de terra dura. Foi no meio de terra extraída daqui que encontraram vestígios biológicos (cabelos) do menino. A quantos metros de profundidade está Julen ninguém, por agora, sabe.