Se há situações que os nervos nos tiram a fala, outras fazem-nos falar demais. E dizer o desnecessário. Quando nos apresentamos a alguém, as primeiras palavras são determinantes para a imagem que vão criar de nós.
“Palavras mal escolhidas ou ditas inconscientemente podem prejudicar não só as primeiras impressões, mas também a credibilidade, os relacionamentos e as oportunidades de progressão na carreira de uma pessoa”, diz Darlene Price, presidente da empresa Well Said Inc. e autora do livro Well Said! Presentations and Conversations That Get Results, ao The Independent.
Seja por excesso de entusiasmo, nervos ou inconsciência, estas 21 coisas estão na lista do “proibido dizer” quando conhece alguém:
“Odeio esta empresa” ou “O meu chefe é um idiota”
Segundo Price, nada determina mais uma primeira impressão do que a negatividade. Mesmo que esteja a dizer a verdade, algumas observações devem ser evitadas em ambientes sociais ou de trabalho.
“Quanto ganha?”
É uma questão demasiado pessoal para ser abordada num primeiro contacto.
“Desculpe incomodar”
Quando pede para falar com alguém, não se apresente como um problema, pode trazer uma carga negativa ao que vai dizer a seguir. Em vez disso, opte por expressões como: “Tem um minuto para conversarmos?
“O que acha do atual Presidente da República?”
Como regra geral, não é muito ético abordar temas relacionados com política numa primeira conversa. “No entanto, se a pessoa ou grupo com quem está a conversar tocar no assunto, mantenha-se longe de declarações emocionais, controversas, demasiado pessoais ou opinativas”, diz Price.
“Acredita em Deus?”
Se questões políticas não caem muito bem, o mesmo se passa com questões religiosas.
“Sou homossexual”
Deve evitar abordar questões sobre a orientação sexual. Além de deixar algumas pessoas desconfortáveis, pode afigurar-se a situações de assédio.
“Quando está previsto nascer o bebé?”
É uma observação (esteja certa ou errada) muito pessoal para ser abordada num primeiro contacto, diz Price. No caso de insinuar que uma mulher está grávida quando ela não está é um ponto sem retorno. Pode ser interpretado como um grande insulto.
“Isso é impossível”
Demonstrar preocupações e apresentar soluções é bom, mas alegar que algo é impossível pode mostrar falta de convicção. Evite tocar em temas negativos, se não demonstrar forma de os superar.
“Ouviu aquilo…?”
Contar fofocas nunca passa uma boa imagem, muito menos numa primeira conversa. E como o feitiço se vira contra o feiticeiro, ainda pode acabar por ficar mais mal visto do que a pessoa de quem estava a falar.
“Adoro o seu vestido!”
Evite fazer comentários, mesmo que sejam positivos, sobre a aparência de outra pessoa. Opte por fazer elogios ao trabalho da pessoa.
“Vou divorciar-me”
Se está a passar uma situação difícil, pode ser tentador desabafar com um novo colega ou cliente. Mas é totalmente inadequado, diz Price. É de evitar expor situações pessoais que possam demonstrar fragilidade.
“Acho que…”
Dizer “eu acho” pode ser aceitável, mas apenas em situações que não tenha a certeza do que está a falar. Noutras ocasiões pode dar uma imagem de desinteresse ou falta de atenção aos pormenores.
“Estou exausto”
É importante projetar boas energ8ias, sobretudo se estiver em cargos com mais visibilidade.
“Parece diferente do que soa ao telefone”
Não introduza uma conversa mostrando que está surpreso com o facto da pessoa não corresponder às suas expectativas.
“É mais simpático/bonito do que eu pensava”
Se demonstrar que fez grandes expectativas e se desapontou não é agradável, mostrar que tinha esperava pouco da pessoa também irá deixar a pessoa desconfortável.
“Que idade tem?”
Desde cedo que aprendemos que perguntar a idade é pouco ético, sobretudo em situações formais.
“Honestamente”
Chamar a atenção para alguma coisa que está a dizer com a expressão “honestamente”, pode levar as pessoas a questionarem-se se tudo o resto que disse era verdade.
“Provavelmente ouviu dizer isto ou aquilo de mim, mas não é verdade”
Não faça alusão a rumores que possam estar relacionados consigo. Pode parecer que se está a colocar numa posição superior. E talvez a pessoa nunca tenha ouvido falar de tal rumor… mas ao abordar essa questão pode ficar com curiosidade.
“Pode fazer-me um favor?”
Acabou de conhecer a pessoa, não peça imediatamente a sua ajuda.
“Eu… eu… eu…”
A constante referência ao “eu” pode criar uma imagem de egocentrismo e desvalorização da outra pessoa. Mostre interesse em saber o que a outra pessoa está a pensar, ninguém fica impressionado quando alguém domina a conversa toda em torno de si mesma.
“Uau! Isto é incrível! Adoro”
Mostrar-se demasiado entusiasmado para que as pessoas gostem de si pode ter o efeito oposto. O melhor é moderar as emoções e agir naturalmente.