Desde que apareceu, há 12 anos, o Facebook tem sido alvo de vários estudos para apurar os efeitos mais ou menos nefastos que ele poderá ter sobre os seus utilizadores. E parece quase óbvio que, apesar de não o conseguirmos, poderíamos beneficiar muito de estarmos desligados, nem que fosse por uns dias.
Mas tudo se torna mais sério quando um estudo – o último a ser divulgado – garante que seríamos mais felizes sem esta rede social. A investigação tem a garantia de qualidade do instituto dinamarquês The Happiness Research e conclui que as pessoas que deixam de utilizar o Facebook sentem-se mais felizes e menos preocupadas. E os resultados começam a notar-se em menos de uma semana.
O estudo envolveu 1095 utilizadores, divididos em dois grupos. A uns pediram que não se ligassem à rede social durante sete dias. O grupo de controlo continuou com a sua vida cibernética normal. Durante esse período, mediram-se alguns estados de alma, como a felicidade, a tristeza, a preocupação, o aborrecimento, o entusiasmo, a solidão e a depressão.
No final, o grupo que esteve desconectado, admitiu que se sentia mais feliz, menos triste e menos sozinho. Além disso, notaram um crescimento na atividade social cara a cara e menos dificuldade em concentrar-se. Ao mesmo tempo, pareceu-lhe que desperdiçavam menos o tempo.
Embora este estudo mereça atenção, há que realçar o seu desvio. Registe-se: 13% das pessoas que estavam no grupo que deveria desligar-se admitiu não ter resistido a ir lá espreitar alguma vez durante a semana. Fica por apurar quantos terão sido os que também não sendo capazes, se inibiram de assumir.
Se por acaso nunca tivéssemos pensado nisto, o The Happiness Research Institute assegura que o Facebook é como “um canal em que só passam boas notícias, um fluxo constante de vidas editadas que distorcem a nossa imagem da realidade”. É por isso que o bem-estar dos utilizadores está condicionado pela quantidade de gostos que arrecadam com as suas publicações.
E agora que já nos leu, provavelmente através do Facebook, tente desligar-se um bocadinho mais, só para ver se de facto a felicidade está à sua espera no mundo real.