O museu do Louvre, em Paris, vai fechar portas esta sexta-feira, para que todas as obras em reserva possam ser retiradas, depois das águas do rio Sena teimarem em continuar a subir. Apesar de não existir qualquer perigo para os visitantes ou funcionários do museu, as 250 mil peças que estão guardadas nos pisos subterrâneos necessitam de ser retiradas por segurança.
“A ideia é retirar as obras situadas em zonas vulneráveis a inundações e colocá-las em segurança nos pisos superiores”, anunciou a direção em comunicado.
Do outro lado do Sena, o Museu d’Orsay, citado pelo Jornal Libération, anunciou que irá encerrar hoje mais cedo, como medida de precaução. Este que é o museu com a maior coleção do mundo de obras impressionistas, já colocou em prática um “plano de proteção” e tem ao seu dispor uma equipa de gestão de crises pronta a iniciar funções.
Ambos os museus possuem planos de intervenção em caso de inundação. Se o rio aumentar o suficiente o seu nível esta sexta feira, de modo a ser considerado alarmante, o Louvre tem 72 horas e o Museu d’Orsay 96 para mudarem as obras de reserva e colocá-las em segurança.
Em Março, num exercício de evacuação em caso de inundação, o museu do Louvre retirou todas as obras em reserva da sua nova galeria de artes islâmicas num só dia.
As chuvas torrenciais em França, já provocaram um morto, obrigaram centenas de pessoas a abandonarem as suas casas e em Paris uma linha de metro foi fechada. O governo francês decretou alerta laranja para Paris depois do rio Sena ter atingido os cinco metros – nas cheias de 1910 bateu o seu recorde, tendo atingindo 8.60 metros. Manuel Valls, primeiro-ministro francês, já anunciou que será estabelecido um “fundo especial de apoio” a ser utilizado nas áreas mais afetadas.
Há já quem considera que estas inundações são as piores do último século.