A investigação, do King’s College London, mostra que mulheres com ancas mais largas têm predominantemente uma variante genética materna hereditária, no gene KLF14 , que faz com que as células de gordura que armazenam funcionem de forma diferente, afetando a medida da anca da mulher . “Ao nível do corpo todo, estas diferenças entre alelos [formas alternativas de um mesmo gene] não estão associadas a mudanças de peso e ao índice de massa corporal, mas afetam a circunferência do quadril da mulher,” explica Kerrin Small, que liderou o estudo.
“Olhando para a variante que estudámos, os genomas mostram que as mulheres com um alelo tendem a ter quadris maiores do que as mulheres com o outro, o que teria um efeito protetor contra a diabetes”, acrescenta.
A variante em causa influencia centenas de outros genes sobre a forma e o local onde a gordura é armazenada no corpo da mulher.
Os investigadores começaram por investigar a relação entre a variante KLF14 e o risco de diabetes tipo 2 num população alargada e concluíram que o efeito era reduzido. Mas quando os cientistas decidiram focar-se numa população mais especifica – mulheres que herdaram o alelo das suas mães – o efeito aumentava.
Agora os investigadores estão a identificar porque é que esta variante aparenta afetar apenas mulheres.
As descobertas foram apresentadas no encontro anual na Sociedade Americana de Genética Humana em, Baltimore.