Até à presente data não existe, de facto, uma cura para a Doença de Alzheimer, embora haja medicamentos no mercado que permitem a estabilização do funcionamento cognitivo nos pacientes.
Mas, uma nova pesquisa pode representar um avanço no caminho para a cura. Publicada na revista Science Translational Medicine, a nova pesquisa é a primeira demonstração de que os tratamentos com ultrassons, por si só, podem representar efeitos muito benéficos no melhoramento da performance cognitiva. No passado já tinham sido feitos testes com ultrassom intercalados com recurso a medicação.
“A nossa pesquisa foi muito aprofundada e não estávamos, de todo, à espera de um efeito tão massivo”, adiantou Juergen Goetz, um dos autores do estudo, e que se mostrou igualmente “entusiasmado com tudo isto”.
Após várias semanas de testes em laboratório, os cientistas descobriram que os ultrassons conseguiram eliminar 75% das plaquetas amilóides – plaquetas que se formam ao longo da vida e que matam as células do cérebro – sem destruição aparente do tecido cerebral.
Goetz não deixou de salientar que o estudo ainda se encontra numa fase muito inicial, e de que serão ainda precisos alguns anos para que estes testes sejam efetuados em humanos. Para já, o próximo passo é realizar as mesmas pesquisas em ovelhas, avançou à Reuters.
Acredita-se, assim, que possa ter sido encontrada uma nova arma no combate à doença que representa a forma mais comum de demência.