O fenómeno que lhe dá vontade de beliscar, apertar ou morder – atos com conotação agressiva – as bochecas de um bebé, por exemplo, é o mesmo que está por trás das lágrimas de alegria e, segundo um estudo da Univeridade de Yale, por mais bizarras que possam parecer, estas são apenas formas de controlar as emoções.
“Regulamos as nossas emoções de várias maneiras”, afirma Oriana Aragon, coordenadora do estudo, publicado na última edição da revista Psychological Science.
“Às vezes tentamos repensar a situação. Às vezes tentamos esconder as nossas emoções. Às vezes tentamos afastarmo-nos da situação que nos está a provocar as emoções. E, com esta nova descoberta, estamos a perceber que às vezes respondemos com a expressão oposta do que sentimos, e isso parece ajudar-nos a reequilibarmo-nos”, explica.
Para o estudo, os investigadores fizeram perguntas a 143 participantes, incluindo se choravam quando assistiam a um reecontro de pessoas que se amam ou durante os momentos mais felizes dos filmes. Entre as perguntas estava também a questão sobre se tinham vontade de apertar as pernas rechonchudas de um bebé adorável. A investigação passou ainda por mostrar fotografias digitalmente alteradas de vários bebés a cerca de 300 voluntários.
Perante as respostas, chegaram à conclusão que os que choram em situações felizes têm maior probabilidade de ser também dos que querem beliscar as bochechas do bebé.
E não, acrescenta Aragon, nem todos têm estas reações quando se sentem ultrapassados pelas emoções, sejam elas provocadas por um acontecimento extremamente feliz ou por uma “sobredosagem de doçura”.