A Comissão Europeia informou esta quarta-feira que o dispositivo permite, para além de diagnosticar a doença, perceber qualquer resistência que o paciente possa fazer aos medicamentos utilizados normalmente.
O projeto chama-se “Nanomal”e terá início em 2015 nalguns países em desenvolvimento. No entanto, o projeto ainda será avaliado durante este ano e só entrará em vigor se passar em todos os testes com os resultados esperados.
O custo do projeto é de cinco milhões de euros, sendo que a União Europeia financia quatro milhões. Liderado pela Universidade St. George de Londres, pela empresa britânica QauntuMDx e por equipas da Universidade alemã de Tübingen e do Instituto Karolinska da Suécia, o dispositivo tem como objectivo conseguir os mesmos resultados de um laboratório mas em menos tempo e com menos custos, tornando-o útil para provas de terreno.
A comissária europeia de Pesquisa, Inovação e Ciência, Máire Geoghegan-Quinn, afirmou que “a metade da população mundial está em risco de sofrer malária e um diagnóstico rápido e certeiro é essencial para lutar contra a doença, da mesma forma que novas vacinas, remédios e métodos para controlar sua propagação”.
O projeto foi desenvolvido em resposta ao número de casos com malária, que continua muito elevado nos países em desenvolvimento. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2010 foram registrados 219 milhões de casos de malária no mundo e aproximadamente 660 mil pessoas morreram por causa da doença.
Desde 2002, a UE investiu mais de 209 milhões de euros em 87 projetos de investigação sobre a doença e está a apoiar, com cerca de 50 milhões de euros, 32 ensaios clínicos sobre novos tratamentos.