É uma tecnologia que já alcançou vários feitos em diversas áreas, incluindo a medicina. Agora pode também ajudar pacientes que precisem de próteses faciais. Eric Moger foi um dos casos de sucesso desta tecnologia.
Aos 60 anos o britânico recebeu uma prótese facial para cobrir a parte esquerda do rosto que havia sido retirada por causa de um tumor maligno.
Eric estava a planear casar quando os médicos detetaram um tumor maligno do tamanho de uma bola de ténis num dos lados do rosto, o que obrigou a uma intervenção cirúrgica que lhe retirou literalmente um lado da cara e lhe alterou os planos do casamento.
Foi a primeira vez que na Grã-Bretanha se fez algo do género. Na pequena cidade de Waltham Abbey, a poucos quilómetros de Londres, cientistas decidiram arriscar e acabaram por mudar a vida deste paciente. Uma mudança não só estética mas também funcional: com a ajuda da prótese tornou-se mais fácil para Eric fazer os movimentos adequados para se alimentar e ingerir líquidos, já que anteriormente o processo era feito através de um tubo ligado diretamente ao estômago.
“Antes costumava ter de segurar a minha mandíbula com a mão para manter o rosto parado enquanto falava, e todas as vezes que bebia alguma coisa o líquido escorria pelo meu rosto. A primeira vez que bebi um copo de água enquanto usava a prótese, nada escorreu. Foi incrível” conta Eric Moger.
A prótese foi desenhada e moldada a partir de uma impressora 3D, que tem a capacidade de criar objetos tridimensionais a partir de comandos enviados por um software de forma rápida e eficaz.
“Utilizamos três técnicas diferentes para chegar ao novo rosto de Eric: o raio-x digital, a tomografia computadorizada e um software de modelagem tridimensional. Isso deu-nos a precisão necessária para que a impressora 3D pudesse recriar o modelo perfeito do crânio do paciente e, posteriormente, da prótese”, explicou Andrew Dawood cirurgião-dentista responsável pelo projeto que desenvolveu a prótese de Moger à BBC Brasil.
A diferença entre a prótese usada em Eric e as próteses convencionais, está no rigor com que o silicone é moldado e cortado para se ajustar perfeitamente ao rosto do paciente conseguindo assim atingir uma aparência muito mais realista e que se encaixa com mais precisão.