Foi aprovada esta segunda-feira, na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES, na sigla em inglês) em Banguecoque, a limitação ao comércio de cinco espécies de tubarão. A lei foi proposta pela União Europeia e contou com 93 votos a favor, 39 contra e 8 abstenções.
A China e o Japão, onde a sopa de barbatana de tubarão é considerada uma iguaria, contestaram a decisão.
São cerca de 100 milhões os tubarões mortos todos os anos, segundo um estudo de cientistas norte-americanos publicado na revista Marine Policy, números que deixam os especialistas preocupados.
O tubarão-de-pontas-brancas, o tubarão-sardo e três espécies de tubarões martelo (recortado, gigante e liso) passam agora para o artigo II da CITES, o que significa que não há uma total proibição do comércio mas sim um maior controlo.
A convenção funciona com base em três artigos – os animais do primeiro são os mais protegidos e apenas podem ser comercializados em condições excepcionais. As cinco espécies de tubarão estão agora na mesma lista que alguns animais como o urso polar, o tubarão-sardo e o tubarão-baleia.
A convenção sobre o comércio internacional de espécies selvagens ameaçadas fez 40 anos este mês. É o único acordo internacional que regula o comércio de mais de 30 mil animais e plantas.
Da convenção fazem parte 178 países, entre eles Portugal. De três em três anos reúnem-se para impor regras para um uso sustentável das espécies.