O governo britânico recomendou uma redução no consumo de álcool. Para as mulheres, o consumo diário não deve ultrapassar as 2 ou 3 unidades, e para os homens entre 3 a 4.
Segundo os médicos do Royal College, o fígado precisa de 48 horas para recuperar de um consumo mínimo de álcool, sendo, por essa razão, também uma das recomendações governamentais. O consumo semanal de álcool não deve ser mais do que 14 unidades para o sexo feminino, e 21 unidades para o sexo masculino, sendo importante abdicar do consumo de álcool, pelo menos, 3 vezes por semana.
“Nestes níveis, é improvável que o álcool prejudique a saúde”. ” (…) [Na definição de] os limites seguros, é importante ter em conta a frequência do consumo”, disse Ian Gilmore, um especialista da área. “Há um risco de problemas no fígado naqueles que consomem diariamente, ou quase diariamente maior do que aqueles que apenas o fazem esporadicamente ou de forma intermitente”.
Numa entrevista à Rádio 4, Ian Gilmore, adiantou ainda que se uma pessoa consumir uma bebida alcoólica pequena por dia, durante toda a sua vida, o risco de problemas de saúde é menor do que naqueles que saem e bebem muito de uma vez (binge drinking).
Os últimos relatórios do SNS britânico mostram recordes relativos ao abuso de álcool. Entre 2009 e 2010, mais de 1 milhão de pessoas deram entrada no hospital devido a problemas causados pelo consumo de bebidas alcoólicas. No período 2008-2009, o valor era 945.500 e em 2002-2003, 510.800. Quase 2 em cada 3 casos eram do sexo masculino.
Os médicos do Royal College avisam que na terceira idade o consumo de álcool deve sofrer cortes drásticos. Para os maiores de 65 anos, a recomendação semanal é de 11 unidades para os homens e 7 para as mulheres, ou seja, no máximo um copo de vinho pequeno por dia.
O consumo de álcool a longo prazo pode trazer consequências graves como cancro da mama, cancro da boca, doenças cardíacas, AVC e cirrose. Os especialistas da Investigação de Cancro do Reino Unido dizem que por cada 10g de álcool consumido o risco de cancro da mama aumenta entre 7 a 12%, pode ainda ter consequências ao nível da fertilidade, e causar lesões cardíacas.