VEJA TAMBÉM:
-
VÍDEOS: Cinco momentos brilhantes de Steve Jobs
-
Apple: Os herdeiros de Steve Jobs
-
VÍDEOS: Dois momentos para recordar Steve Jobs
Intitula-se apenas “Steve Jpbs” e tem por base mais de 40 entrevistas a Steve Jobs, realizadas ao longo de dois anos por Walter Isaacson, que ouviu também amigos, colegas e concorrentes do CEO da Apple, que morreu no dia 6 de outubro.
A cirurgia tardia
Todos se alegraram quando chegou o o resultado da biópsia: o tipo de cancro que Steve Jobs tinha era curável. Mas o doente começou por recusar a cirurgia, que só aceitaria nove meses depois, quando o cancro já se tinha espalhado pelos tecidos em volta do pâncreas, onde estava inicialmente localizado. Segundo Laurene Powell, mulher de Jobs, ele “não estava preparado para lhe abrirem o corpo”.
A ideia que lhe valeu uma vaia
Num dos encontros com o biógrafo, Steve Jobs contou que, de uma visita à Sony, no Japão, lhe surgiu a ideia de propor que os funcionários da Apple passassem a usar uma farda, como forma de fortalecer o vínculo à empresa. Jobs ainda chegou a apresentar uns coletes, mas foi vaiado no palco. “Todos detestaram a ideia”, contou. Segundo a biografia, foi na sequência desse processo que o co-fundadador da Apple decidiu pedir ao designer japonês Issey Miyake que criasse uma espécie de farda, um estilo próprio. Daí surgiram as camisolas pretas de gola alta.
Sobre Bill Gates
“Bill [Gates, patrão da Microsoft] basicamente não tem imaginação e nunca inventou nada, e acho que é por isso que ele se sente mais confortável a fazer filantropia do que no mercado de tecnologia. Ele apenas roubava as ideias dos outros, sem vergonha alguma”, diz Jobs.
Guerra ao Android
“Eu vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Eu vou entrar no modo ‘guerra termonuclear’ nesse caso”, disse Jobs a Walter Isaacson, em 2010, quando a HTC lançou um smartphone com Android que tinha funções populares do iPhone. “Eu vou gastar cada cêntimo do que a Apple tem no banco para emendar isto”, afirmou o executivo. Segundo a biografia, Jobs não queria fazer um acordo com a Google e dizia que a questão não se resolvia com dinheiro.
A preocupação com o futuro da Apple
“Hewlett e Packard [Bill Hewlett e Dave Packard, os fundadores da HP] construíram uma ótima empresa e pensavam que a tinham deixado em boas mãos. Apesar disso, a HP está a ser desmembrada e destruída”. “Espero ter deixado um legado mais forte, para que isso nunca aconteça com a Apple”, confidenciou Jobs.
Uma oferta a Obama
Segundo esta biografia, a primeira coisa que Steve Jobs terá dito ao Presidente dos Estados Unidos, num encontro que tiveram em 2010, foi que Obama só teria um mandato, se continuasse como estava. Na altura, Jobs ofereceu-se para o ajudar a reeleger-se. Mas essa reunião, que foi um jantar com líderes de empresas tecnológicas, esteve à beira de não contar com Steve Jobs, que insistiu que só iria se fosse convidado pelo próprio presidente e não pelos seus assessores. Obama não ligou, mas a mulher de Jobs convenceu-o a ir.
A biografia…
Quando Jobs propôs a Isaacson que escrevesse a sua biografia, o autor tinha acabado de publicar uma de Benjamin Franklin e estava a escrever outra sobre Albert Einstein. Meio a brincar, o escritor perguntou a Jobs se ele se considerava o sucessor natural naquela sequência e ainda propôs adiar a biografia para quando o patrão da Apple se reformasse. Mas depois percebeu que o convite surgia pouco antes da primeira operação ao cancro e aceitou, acabando por se “apaixonar” pela personalidade de Steve Jobs.
… e o porquê
No livro, Isaacson conta que a última vez que visitou Steve Jobs, em Palo Alto, sentiu-se invadir por uma onda de tristeza e antes de se despedir, acabou por lhe fazer uma pergunta: “Porque se mostrara tão disponível ao longo de quase cinquenta entrevistas e conversas ao longo de dois anos, quando costumava ser tão discreto?” A resposta: “Eu quero que os meus filhos me conheçam”, disse ele. ‘Eu nem sempre estive presente, e quero que eles saibam o porquê e entendam que fiz.'”
O pai biológico
Steve Jobs era adotado, mas teve oportunidade de conhecer o seu pai biológico, que era dono de um restaurante em San Jose. “Foi fantástico. Eu já tinha ido ao restaurante algumas vezes. Lembro-me de ter conhecido o dono, um sírio. Trocámos um aperto de mão. Na época, eu já era um homem rico e não acreditei que ele não me fosse chantagear ou falar com a imprensa sobre o assunto.”
A maçã
Jobs experimentou várias dietas, incluindo algumas em que só consumia fruta e vegetais. Quando deu o nome à sua empresa estava a fazer uma dessas dietas à base de fruta, contou ao biógrafo. Segundo Walter Isaacson, Jobs tinha acabado de voltar de um pomar de maçãs e achava que o nome soava “divertido, espirituoso e não intimidador”.