A reação do PS não demorou muito tempo, assim que foram conhecidas as projeções à boca das urnas, que deram a vitória à AD (ainda que com empate técnico com os socialistas). Para João Torres, o diretor de campanha de Pedro Nuno Santos, os primeiros dados “estão aquém das expectativas”.
“Confirmando-se estas projeções, elas apontam para um resultado que ficou, infelizmente, aquém das expectativas que nós, no Partido Socialista, tínhamos e para as quais trabalhamos com afinco, com muito empenho, com muita diversão”, disse Torres, admitindo que o PS possa ser a “segunda fora mais votada nestas eleições”. Ora, se os dados das 20 horas, apontados pelas televisões, se concretizarem, o dirigente socialista deixou já um aviso à navegação: “Ninguém espera do PS que viabilize orçamentos da direita”.
Segundo João Torres, que apontou que, este domingo, inicia-se o “novo ciclo” da liderança de Pedro Nuno Santos, o “Partido Socialista não é o parceiro natural da AD”. “Não é o parceiro natural”, reforçou, quando questionado pelos jornalistas, sobre a eventual viabilização de um Governo AD. Ainda assim, há algo com que os sociais-democratas podem contar “o PS irá liderar a oposição”.