Luís Montenegro decidiu arrancar o debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2025 com uma citação de Francisco Sá Carneiro, que tinha sido recuperada há dias por Aníbal Cavaco Silva num artigo de opinião no Público. “A pessoa é a medida e o fim de toda a atividade humana. E a política tem de estar ao serviço da sua inteira realização. Essa é a nova regra, o novo início, a nova meta”, disse, para apresentar um Orçamento que apresentou como sendo de “contas equilibradas, redução de impostos, capacidade reformista” e “o primeiro Orçamento em muitos anos que não aumenta um único imposto”.
Montenegro tem muitas vezes voltado a Cavaco Silva, procurando afastar-se da herança de Pedro Passos Coelho e voltou a fazê-lo. Mas voltou também a outra narrativa: a de reafirmar que fez todo o esforço possível de conciliação com o PS. Omitiu o facto de Pedro Nuno Santos ter garantido que os socialistas se absterão não só na votação na generalidade como na votação final global, dramatizando o que pode acontecer no debate na especialidade e nas votações que aí poderão acontecer.
A estratégia de vitimização
“Como os portugueses perceberam, a proposta que apresentámos ao maior partido da oposição é um compromisso até ao limite do razoável”, relembrou o primeiro-ministro, assegurando que ir além disso seria “desvirtuar o programa do Governo” que, frisou, foi viabilizado pelo Parlamento há sete meses.
“Ir além disto”, frisou, lembrando a descida do IRC de apenas um ponto percentual e não de dois como desejaria e de um modelo diferente de IRS Jovem, “descaracterizaria o Orçamento e constituiria uma ofensa à vontade politica expressa nas últimas eleições”.
O ataque ao que Costa não fez
Montenegro aponta por isso para o “esforço de compromisso”, mesmo que no PS se entenda que o Governo não respeitou sequer as linhas vermelhas impostas por Pedro Nuno Santos para o início de um acordo e que passariam por deixar cair uma descida transversal do IRC e o IRS Jovem.
Mas Luís Montenegro voltou a lembrar que este é também o Orçamento que recupera os rendimentos de vários setores na Administração Pública. Mesmo com o investimento público a descer, o primeiro-ministro optou por fazer um discurso sobre a reposição de rendimentos que acordou com várias corporações, atacando o que “não foi feito durante anos” pelos Governos de António Costa.
Antevendo as críticas feitas ao facto de o plano que enviou para Bruxelas apresentar níveis de crescimento não só muito abaixo do que estava no programa eleitoral da AD como a descer até ao final da legislatura, Luís Montenegro assegurou que o seu modelo de crescimento assenta “na produtividade” e que essas medidas de estímulo às empresas terão os seus frutos.
“Este crescimento não se decreta, estimula-se”, disse.
A estratégia de vitimização
“Como os portugueses perceberam, a proposta que apresentámos ao maior partido da oposição é um compromisso até ao limite do razoável”, relembrou o primeiro-ministro, assegurando que ir além disso seria “desvirtuar o programa do Governo” que, frisou, foi viabilizado pelo Parlamento há sete meses.
“Ir além disto, frisou lembrando a descida do IRC de apenas um ponto percentual e não de dois como desejaria e de um modelo diferente de IRS Jovem, “descaracterizaria o Orçamento e constituiria uma ofensa à vontade politica expressa nas últimas eleições”.
O ataque ao que Costa não fez
Montenegro aponta por isso para o “esforço de compromisso”, mesmo que no PS se entenda que o Governo não respeitou sequer as linhas vermelhas impostas por Pedro Nuno Santos para o início de um acordo e que passariam por deixar cair uma descida transversal do IRC e o IRS Jovem.
Mas Luís Montenegro voltou a lembrar que este é também o Orçamento que recupera os rendimentos de vários setores na Administração Pública. Mesmo com o investimento público a descer, o primeiro-ministro optou por fazer um discurso sobre a reposição de rendimentos que acordou com várias corporações, atacando o que “não foi feito durante anos” pelos Governos de António Costa.
Antevendo as críticas feitas ao facto de o plano que enviou para Bruxelas apresentar níveis de crescimento não só muito abaixo do que estava no programa eleitoral da AD como a descer até ao final da legislatura, Luís Montenegro assegurou que o seu modelo de crescimento assenta “na produtividade” e que essas medidas de estímulo às empresas terão os seus frutos.
“Este crescimento não se decreta, estimula-se”, disse.