Não é só na quantidade de votos e no número de deputados que quer Luís Montenegro quer Pedro Nuno Santos ficaram taco a taco nestas legislativas. Também relativamente aos planos de reação aos resultados eleitorais, assim como quanto à assunção de um claro posicionamento político a curto prazo, a fórmula está a ser muito semelhante, desde logo na gestão estratégica dos silêncios – que já começam a ser questionados dentro das suas fileiras. Para o líder do PSD, o primeiro objetivo passa por cumprir um calendário que o próprio delineou, logo na noite de 10 de março, e que nem os mais próximos têm conseguido convencê-lo em alterar – nem que isso provoque um enorme incómodo ao parceiro da AD, o CDS. Quanto ao secretário-geral socialista, só há intenções de vir a terreiro após Marcelo Rebelo de Sousa indigitar o futuro primeiro-ministro. Neste momento, Pedro Nuno considerará que acalmar o partido sobrepõe-se a outros valores.
Arranquemos, então, pelo primeiro classificado nestas eleições: Montenegro [à hora do fecho desta edição, e não se esperando grandes alterações ao cenário relatado à VISÃO, a contagem de votos da emigração dava mais um deputado para a AD, no círculo Fora da Europa, outro para o PS, na Europa, e ainda dois para o Chega, em ambos os círculos eleitorais].
