Das campanhas eleitorais diz-se que servem para os candidatos sentirem o pulso a quem vota e tentarem chegar aonde os meios convencionais de propaganda não se fizeram sentir – será por isso tão grande o número de indecisos à beira de uma ida às urnas, segundo as sondagens? A verdade é que, no domingo, 25 de fevereiro, começa a fase do “tudo ou nada” para as oito forças parlamentares que concorrem às legislativas antecipadas. Fechado o ciclo de embates televisivos a dois, que durou duas semanas e que registou a maior audiência com o frente a frente de Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, é vez de as caravanas partidárias arrancarem para a estrada.
Esta fase do jogo da democracia, em que os partidos esperam gastar cerca de oito milhões de euros, no total – sendo que o BE é o único que vai investir menos do que nas últimas legislativas, de janeiro de 2022 –, vai incidir, predominantemente, numa pequena parte do País, mas que representa a grande maioria das cadeiras da Assembleia da República. Em causa, nos chamados círculos urbanos, como Lisboa, Porto, Braga e Setúbal, estão mais de 60% dos lugares a eleger. Além do mais, a importância do distrito sadino aumentou nestas eleições, porque ficou a par do bracarense no número de deputados (19), já que ganhou eleitores e tirou um parlamentar a Viana do Castelo.