O ministro das Infraestruturas, João Galamba, referiu, esta quinta-feira na Comissão parlamentar de Inquérito à TAP, que um dos motivos para a exoneração do então adjunto teve a ver com a “informação” que obteve de que Frederico Pinheiro tinha por hábito “ir ao ministério a horas impróprias tirar cópias de documentos”. Aos deputados, o ministro referiu ainda que demitiu o adjunto por “comportamentos impróprios”, desobecendendo a “instruções” e mentir a colegas. “Mentiu-me”, acrescentou.
Frederico Pinheiro foi um dos protoganistas das supostas agressões no interior do ministério , a 26 de abril, envolvendo denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades” inerentes ao exercício das funções, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
João Galamba não conseguiu precisar, esta quarta-feira, se quando deu conta à Polícia Judiciária, na noite de 26 de abril, do suposto furto do computado do Ministério deu conta do envolvimento do Serviço de Informações e Segurança (SIS) no caso. Questionado pelo deputado do BE Pedro Filipe Soares sobre este tema, o ministro das Infraestruturas, depois de descrever uma série de contactos com a ministra da Justiça e ministro da Administração Interna, respondeu: “Não me lembro, acho que não”.
Durante a inquirição do deputado do Bloco de Esquerda, João Galamba garantiu que não mentiu ao País e que o comunicado a informar que a ex-CEO da TAP manifestou interesse em participar na reunião preparatória do grupo parlamentar do PS, em janeiro, “é 100% válido”.