As últimas 48 horas antes da passagem de testemunho na IL ficaram marcadas por um clima de guerra interna. O partido quer deixar de ser uma “start up política” e crescer, mas os membros provaram ser difícil entenderem-se sobre o rumo a seguir. Durante o fim-de-semana, cerca de dois mil liberais reuniram-se no Centro de Congressos de Lisboa presencialmente e via remota e elegeram Rui Rocha (com 51,7% dos votos) para suceder a Cotrim de Figueiredo, que escolheu deixar a liderança um ano antes do suposto.
Parecia tudo feito para que esta eleição fosse um passeio no parque para Rocha, até por ter recebido o apoio de Cotrim de Figueiredo e da maioria dos dirigentes que dão a cara pelo partido, mas a adversária, Carla Castro, deu luta. A equipa do deputado – que chegara confiante ao Centro de Congressos, no sábado de manhã – passou a temer que a revolta dos militantes-base levasse a melhor e, nas últimas horas, deu o litro para convencer a Convenção de que o rumo ideal para o partido seria não mexer muito na estratégia até então seguida por Cotrim. Acabaram por conseguir e a reunião magna dos liberais terminou com Rocha a prometer uma “transformação no partido” em direção aos 15% nas próximas Legislativas e, até lá, uma liderança da oposição ao PS.