Em comunicado, a PJ explicou que o ‘site’ WT1SHOP “disponibilizava, ilicitamente, cerca de seis milhões de dados e informações de identificação pessoal, nomeadamente dados de passaportes, cartas de condução digitalizadas, contas bancárias, cartões de crédito e credenciais de acessos a diversos ‘websites’ e serviços”, sendo esses registos obtidos a partir de acesso ilegítimo e intrusão e captura de credenciais.
A operação de desmantelamento e apreensão foi desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), com a colaboração da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática (UPTI), na sequência de diligências pedidas pelas autoridades dos Estados Unidos da América (EUA), com o FBI a apreender outros quatro domínios deste site: “wt1shop.net”, “wt1store.cc”, “wt1store.com”, e “wt1store.net”.
Em paralelo ao ‘site’ existia um fórum associado com mais de 100 mil utilizadores registados, que, através de pagamentos em moeda virtual, compravam e vendiam as informações pessoais. Segundo a PJ, essa atividade gerava “receitas na ordem dos quatro milhões de dólares americanos” (cerca do mesmo valor em de euros).
A informação divulgada hoje pela PJ surge uma semana depois de um comunicado do Departamento de Justiça dos EUA, que aponta para uma queixa criminal federal apresentada no passado dia 21 de abril e que visava um cidadão moldavo de 36 anos. De acordo com o documento das autoridades norte-americanas, Nicolai Colesnicov operava o WT1SHOP e foi acusado de conspiração e tráfico em dispositivos de acesso não autorizado.
“Se condenado, Colesnicov enfrenta uma pena máxima de 10 anos na prisão federal por conspiração e tráfico em dispositivos de acesso não autorizado”, pode ler-se na informação do Departamento de Justiça, concluída com elogios ao FBI, mas também aos parceiros de Portugal, Moldova, Estónia, Reino Unido e Países Baixos.
JGO // HB