Quando tudo já parecia acertado, eis que, pouco depois da meia-noite da última segunda-feira, a muito poucas horas de as listas da candidatura de Carlos Moedas serem entregues no Tribunal Constitucional, a direita em Lisboa ainda se viu a braços com uma reviravolta quanto aos nomes negociados para integrarem a coligação “Novos Tempos”, que junta PSD, CDS-PP, PPM, MPT e Aliança. Alegadas dívidas de centenas de milhares de euros de um candidato, que correria em 10º lugar à Assembleia Municipal, obrigaram a uma gestão de crise, que acabou com a subida de dois dirigentes do PPM e MPT na lista, e a substituição do nome incómodo por um outro, que os sociais-democratas receiam que venha a ter muito protagonismo.
Este foi mais um episódio (e o derradeiro) do folhetim da constituição de listas que, nas últimas semanas, consistiu no afastamento de uns quantos candidatos desejados por alas partidárias, como João Gonçalves Pereira, crítico interno do CDS; na inclusão de outros, a pedido do cabeça de lista e de estruturas dirigentes; e no desaparecimento cirúrgico de uns quantos, devido a várias polémicas – algumas que incluem trocas de nudes (fotografias e vídeos de alguém partilhados por telemóvel e nas redes sociais).

O líder da distrital do CDS, Gonçalves Pereira, foi proposto por concelhia em fevereiro, mas, por ser crítico de Rodrigues dos Santos, ficou de fora