A entrevista estava marcada para a manhã seguinte às eleições para o Parlamento Regional da Madeira. Com uma Aliança que não foi além dos 0,5% de votos, Santana Lopes começou por defender-se com a ideia de que tinha ficado à frente de outros partidos com quem disputa eleitorado: Iniciativa Liberal e Chega. Mas lá acaba por reconhecer a derrota. “Não vou fazer como os outros: tivemos um mau resultado”, diz à VISÃO.
Sem deputados eleitos no Funchal, o antigo primeiro-ministro quer virar a página e aponta já àquelas que, assume, serão eleições determinantes para o partido que fundou há menos de um ano. As legislativas serão também “a batalha mais difícil” de um político experimentado, que saiu da “zona de conforto”, o PSD, para lançar uma nova força política.
Se falhar, é o fim da linha? “Há 40 anos que disputo eleições decisivas para o meu futuro político” e estas não são exceção, diz, ainda que não seja claro sobre o que fará se não eleger deputados à Assembleia da República. O balanço faz-se depois da noite de 6 de outubro. Certo, para já, é que Santana deixou de aspirar a voos maiores. “Não tenho esse sonho” de voltar a São Bento, garante.