Durante a semana ficou a saber-se que Santana Lopes iria encabeçar a lista de Rui Rio ao Conselho Nacional. O objetivo era o de dar um sinal de agregação apresentando um conjunto de candidatos provenientes das duas candidaturas na lista oficial do candidato vencedor. As negociações começaram por correr bem mas ao princípio da noite de ontem começaram a ficar tremidas. Depois de alguns momentos de incerteza, o acordo ficou selado já perto das 4h00 deste sábado mas os apoiantes de Rio não parecem satisfeitos: queriam ter mais representação e desejavam ver menos santanistas na candidatura àquele órgão.
A corda esteve prestes a rebentar de tão esticada que estava. Mas a madrugada trouxe a folga necessária para que se mantivessem as negociações. Nas hostes riosístas as primeiras conclusões que saiam da reunião que ultimava os detalhes não eram animadores. Esta manhã, à VISÃO, um congressista apoiante de Rui Rio manifestava o seu descontentamento: “isto já é demais! Uma coisa é querer unir outra é ceder desta forma.”
Uma outra fonte social-democrata avisava que “esta tarde pode trazer movimentações de última hora”, já que “o mal-estar é enorme neste momento no congresso.” E a que movimentações estaria a referir-se? “Talvez a listas ao Conselho Nacional como forma de protesto.” Do lado santanista o esforço de consenso é visto com “alguma normalidade.”
A representação dos apoiantes de Santana Lopes nas listas de Rio está a deixar os que confiaram o seu voto ao ex-autarca do Porto em polvorosa. A VISÃO sabe que há pelo menos um presidente distrital do PSD riosísta que está inclinado a avançar com uma lista própria. A tarde deste sábado será decisiva para definir posições.